"Face à realidade, o que julgamos saber claramente ofusca o que deveríamos saber." (Gaston Bachelard)
"Como não podemos mudar a realidade, deixe-nos mudar os olhos com os quais a vemos." (Nikos Kazantzakis)
Qual seria a noção que nós, seres humanos, possuímos acerca da realidade? O filósofo alemão Immanuel kant (1724- 1804) fazia uma importante distinção entre a realidade e o nosso entendimento a respeito da realidade. Ou seja, há uma realidade que existe por si mesma, porém não podemos dizer que a nossa visão acerca da realidade corresponde à mesma realidade que existe independentemente. A evolução do nosso conhecimento visa nos aproximar cada vez mais de tudo aquilo que seja real, porém será que um dia, em um futuro distante, alcançaremos a completa compreensão da realidade?
É certo de que a realidade não deve ser adaptada aos nossos desejos. Ela simplesmente nos é indiferente. Muitas vezes o antropocentrismo dos homens alimenta a grande pretensão de que o Universo, as suas leis e tudo aquilo que seja real dentro dele, quer conheçamos ou não, devam ser ajustados sob medida das cobiças humanas, quando na verdade somos nós que devemos nos adaptar ao Universo e conhecer cada vez mais os seus mistérios. Não é porquê desejamos que algo seja verdade e assim acreditamos que esse algo automaticamente se tornará realidade! As leis naturais não podem ser alteradas para atenderem aos caprichos humanos.
Nos tempos atuais conhecemos um tipo de realidade. Em tempos futuros nossos descendentes conhecerão realidades que se escondiam de nós enquanto estávamos vivos, caminhando sobre a Terra. Do mesmo modo que conhecemos fatos que não eram conhecidos como fatos no tempo de nossos ancestrais. Séculos atrás as pessoas não imaginavam que átomos, com os seus elétrons, prótons e nêutrons, fossem realidade. Não imaginavam a existência de microrganismos causadores de doenças. Não imaginavam a superfície do planeta Marte sendo explorada por máquinas espaciais como as sondas Viking e a Mariner 9. Não faziam a mínima idéia de que células pluripotentes poderiam ter a capacidade de regenerar tecidos.
Hoje todos esses elementos e inúmeros outros não apenas fazem parte da nossa realidade como também são pré-requisitos importantes para a busca de “novas” realidades . A verdade é que não sabemos o que exatamente é a realidade no sentido mais íntegro, mas provavelmente tudo o que conhecemos seria uma mísera fração dela! Costumamos observar discussões e debates, pessoas que expõem pensamentos e idéias. Cada uma delas defendendo a sua visão da verdade. Alguns indivíduos são mais céticos em relação ao mundo, outros possuem crenças a respeito de possíveis realidades.
Uma importante diferença entre os céticos e os crédulos é que os últimos costumam aceitar por fé algo que pelo menos na atualidade não possa ser comprovado ou mesmo esteja fora do escopo de qualquer meio de comprovação cientificamente válido. Isso não quer dizer que o objeto pelo qual se tem fé não exista e nem que a fé não possa se basear em linhas filosóficas plausíveis. Os céticos em geral requerem evidências para aceitar como reais as alegações que são aceitas sem questionamentos por aqueles que acreditam ser reais diversos elementos que na verdade se encontram no terreno do inverificável.
Sempre deveríamos considerar as verdades que conhecemos (ou ao menos, que pensamos conhecer) como sendo algo provisório ou incompleto, pois à medida em que a humanidade avança em conhecimento, muitos de nossos conceitos sobre o que seria verdade ou não são reformulados ou derrubados, sendo substituídos por outros.
A razão seria uma das principais ferramentas em busca da verdade, pois ela nos capacita a organizar os conhecimentos, levantar hipóteses acerca de nossas observações, questionar e concluir. O principal obstáculo: O dogmatismo, uma posição onde "verdades" são aceitas a priori e assim permanecem inquestionáveis durante tempos talvez muito longos e quando estas mesmas verdades são confrontadas com outras mais embasadas, parece ser difícil trocar o "velho pelo novo".Pessoas dogmáticas relutam em aceitar o novo, talvez por medo de possíveis consequências em abandonar o antigo modo de pensar. Talvez no âmago de seu ser, o orgulho faça com que se sintam "traidores de si mesmo" e isto é valido para qualquer um que se apegue com paixão a alguma ideologia.
Ontem algo foi verdade para nós, hoje já enxergamos a mesma coisa como sendo uma utopia ou merecedora de uma dúvida razoável. Relutantes ou não, a própria evolução do conhecimento nos "arrasta" para uma direção. Porém outros permanecem... estagnados recusando aceitar que certas coisas mudaram, que as verdades são ou ao menos podem ser outras. Talvez digam a si mesmos: "a verdade existe, mas o melhor é não conhecê-la...! Outros diriam que preferem sempre conhecer a realidade por mais dura que seja. Fico a me perguntar qual será a realidade daqueles que viverão daqui a 100, a 200 ou a 300 anos (ou mais). Enquanto isso, todos nós que vivemos e temos a paixão pelo saber, continuamos a viagem pela vida, sempre em busca de algo a mais. Algo que a realidade que existe em si ainda esconde de nós.
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Qual seria a noção que nós, seres humanos, possuímos acerca da realidade? O filósofo alemão Immanuel kant (1724- 1804) fazia uma importante distinção entre a realidade e o nosso entendimento a respeito da realidade. Ou seja, há uma realidade que existe por si mesma, porém não podemos dizer que a nossa visão acerca da realidade corresponde à mesma realidade que existe independentemente. A evolução do nosso conhecimento visa nos aproximar cada vez mais de tudo aquilo que seja real, porém será que um dia, em um futuro distante, alcançaremos a completa compreensão da realidade?
É certo de que a realidade não deve ser adaptada aos nossos desejos. Ela simplesmente nos é indiferente. Muitas vezes o antropocentrismo dos homens alimenta a grande pretensão de que o Universo, as suas leis e tudo aquilo que seja real dentro dele, quer conheçamos ou não, devam ser ajustados sob medida das cobiças humanas, quando na verdade somos nós que devemos nos adaptar ao Universo e conhecer cada vez mais os seus mistérios. Não é porquê desejamos que algo seja verdade e assim acreditamos que esse algo automaticamente se tornará realidade! As leis naturais não podem ser alteradas para atenderem aos caprichos humanos.
Nos tempos atuais conhecemos um tipo de realidade. Em tempos futuros nossos descendentes conhecerão realidades que se escondiam de nós enquanto estávamos vivos, caminhando sobre a Terra. Do mesmo modo que conhecemos fatos que não eram conhecidos como fatos no tempo de nossos ancestrais. Séculos atrás as pessoas não imaginavam que átomos, com os seus elétrons, prótons e nêutrons, fossem realidade. Não imaginavam a existência de microrganismos causadores de doenças. Não imaginavam a superfície do planeta Marte sendo explorada por máquinas espaciais como as sondas Viking e a Mariner 9. Não faziam a mínima idéia de que células pluripotentes poderiam ter a capacidade de regenerar tecidos.
Hoje todos esses elementos e inúmeros outros não apenas fazem parte da nossa realidade como também são pré-requisitos importantes para a busca de “novas” realidades . A verdade é que não sabemos o que exatamente é a realidade no sentido mais íntegro, mas provavelmente tudo o que conhecemos seria uma mísera fração dela! Costumamos observar discussões e debates, pessoas que expõem pensamentos e idéias. Cada uma delas defendendo a sua visão da verdade. Alguns indivíduos são mais céticos em relação ao mundo, outros possuem crenças a respeito de possíveis realidades.
Uma importante diferença entre os céticos e os crédulos é que os últimos costumam aceitar por fé algo que pelo menos na atualidade não possa ser comprovado ou mesmo esteja fora do escopo de qualquer meio de comprovação cientificamente válido. Isso não quer dizer que o objeto pelo qual se tem fé não exista e nem que a fé não possa se basear em linhas filosóficas plausíveis. Os céticos em geral requerem evidências para aceitar como reais as alegações que são aceitas sem questionamentos por aqueles que acreditam ser reais diversos elementos que na verdade se encontram no terreno do inverificável.
Sempre deveríamos considerar as verdades que conhecemos (ou ao menos, que pensamos conhecer) como sendo algo provisório ou incompleto, pois à medida em que a humanidade avança em conhecimento, muitos de nossos conceitos sobre o que seria verdade ou não são reformulados ou derrubados, sendo substituídos por outros.
A razão seria uma das principais ferramentas em busca da verdade, pois ela nos capacita a organizar os conhecimentos, levantar hipóteses acerca de nossas observações, questionar e concluir. O principal obstáculo: O dogmatismo, uma posição onde "verdades" são aceitas a priori e assim permanecem inquestionáveis durante tempos talvez muito longos e quando estas mesmas verdades são confrontadas com outras mais embasadas, parece ser difícil trocar o "velho pelo novo".Pessoas dogmáticas relutam em aceitar o novo, talvez por medo de possíveis consequências em abandonar o antigo modo de pensar. Talvez no âmago de seu ser, o orgulho faça com que se sintam "traidores de si mesmo" e isto é valido para qualquer um que se apegue com paixão a alguma ideologia.
Ontem algo foi verdade para nós, hoje já enxergamos a mesma coisa como sendo uma utopia ou merecedora de uma dúvida razoável. Relutantes ou não, a própria evolução do conhecimento nos "arrasta" para uma direção. Porém outros permanecem... estagnados recusando aceitar que certas coisas mudaram, que as verdades são ou ao menos podem ser outras. Talvez digam a si mesmos: "a verdade existe, mas o melhor é não conhecê-la...! Outros diriam que preferem sempre conhecer a realidade por mais dura que seja. Fico a me perguntar qual será a realidade daqueles que viverão daqui a 100, a 200 ou a 300 anos (ou mais). Enquanto isso, todos nós que vivemos e temos a paixão pelo saber, continuamos a viagem pela vida, sempre em busca de algo a mais. Algo que a realidade que existe em si ainda esconde de nós.
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