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Quem Sou Eu: Fabrício Siqueira

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Nascido na cidade de Bom Jesus do Itabapoana, no norte do estado do Rio de Janeiro. Biólogo, Astrônomo amador e autodidata em diversas áreas de conhecimento.

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14 de mai. de 2010

Nomes famosos: Sócrates


"Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância."
(Sócrates)

Ele corresponde a um importante ícone na cenário filosófico da Grécia antiga, que teria nascido por volta de 470 a.C na cidade de Atenas e dedicado sua vida à meditação e ao ensino de Filosofia sem cobrar nada em troca. Sócrates julgava que deveria servir a sua pátria através de uma vida justa e formando cidadãos sábios e honestos. Para ele, o objeto da ciência é o inteligível, o conceito que se exprime pela definição. Este conceito é obtido por meio de um processo dialético, chamado por ele de indução, consistindo em comparar vários indivíduos de mesma espécie, eliminando diferenças particulares e qualidades mutáveis, retendo-lhes o elemento comum, a natureza, a essência. Esta era a indução socrática.

Uma das características marcantes da filosofia de Sócrates é a introspecção: "Conheça-te a ti mesmo" como sendo o ápice da Sabedoria. Ele reconhece também que, acima das leis mutáveis dos homens, haveria uma lei natural, independente do homem, universal, que seria a expressão da vontade divina promulgada pela voz da consciência. O seu maior interesse filosófico foi o ser humano. Ele defendia que a instrução não deveria ser fruto da imposição, mas da razão constitutiva do espírito humano. O pensamento socrático é desprovido da metafísica. Seu caráter e seus discursos também faziam com que ele causasse descontentamentos populares, criando inimizades.

Em vida, teria se casado com uma mulher muito mais jovem do que ele chamada Xântipe e teria sido pai de 3 filhos: Lamprócles, Sophroniscus e Menescenus. Sócrates Foi acusado de heresia e também de corromper a juventude de sua época. Ele preferiu não se defender das acusações e muito menos fugir de Atenas, como teria sido a ele proposto por um de seus discípulos, Criton. Em sua condenação à morte, teria sido levado a ingerir um veneno chamado cicuta, morrendo aos 71 anos de idade. Não há evidências de que Sócrates deixou alguma obra escrita. O que conhecemos a respeito de sua vida e seu pensamento provêm das obras de 2 de seus discípulos: Xenofonte e Platão, e sua filosofia influenciou significativamente na formação das sociedades pós-socráticas.

Mais sobre a vida de Sócrates em:

http://www.mundodosfilosofos.com.br/socrates.htm
http://en.wikipedia.org/wiki/Socrates

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5 de mai. de 2010

O Mito da Caverna de Platão!


"Imaginemos uma caverna subterrânea onde, desde a infância, geração após humanos estão aprisionados. Suas pernas e seus pescoços estão algemados de tal modo que são forçados a permanecer sempre no mesmo lugar ea olhar apenas para frente, não podendo girar a cabeça nem para trás nem para os lados. A entrada da caverna permite que alguma luz exterior ali penetre, de modo que se possa, na semi-obscuridade, enxergar o que se passa no interior. A luz que ali entra provém de uma imensa e alta fogueira externa. Entre ela e os prisioneiros (no exterior, portanto) há um caminho ascendente ao longo do qual foi erguida uma mureta, como se fosse a parte fronteira de um palco de marionetes. Ao longo dessa mureta-palco, homens transportam estatuetas de todo tipo, com figuras de seres humanos, animais e todas as coisas.

Por causa da luz da fogueira e da posição ocupada por ela, os prisioneiros enxergam na parede do fundo da caverna as sombras das estatuetas transportadas, mas sem poderem ver as próprias estatuetas, nem os homens que as transportam. Como jamais viram outra coisa, os prisioneiros imaginam que as sombras vistas são as próprias coisas. Ou seja, não podem saber que são sombras, nem podem saber que são imagens (estatuetas de coisas), nem que há outros seres humanos reais fora da caverna. Também não podem saber que enxergam porque há a fogueira e a luz no exterior e imaginam que toda luminosidade possível é a que reina na caverna.

Que aconteceria, indaga Platão, se alguém libertasse os prisioneiros? Que faria um prisioneiro libertado? Em primeiro lugar, olharia toda a caverna, veria os outros seres humanos, a mureta, as estatuetas e a fogueira. Embora dolorido pelos anos de imobilidade, começaria a caminhar, dirigindo-se à entrada da caverna e, deparando com o caminho ascendente, nele adentraria. Num primeiro momento, ficaria completamente cego, pois a fogueira na verdade é a luz do sol e ele ficaria inteiramente ofuscado por ela. Depois, acostumando-se com a claridade, veria os homens que transportam as estatuetas e, prosseguindo no caminho, enxergaria as próprias coisas, descobrindo que, durante toda sua vida, não vira senão sombras de imagens (as sombras das estatuetas projetadas no fundo da caverna) e que somente agora está contemplando a própria realidade.

Libertado e conhecedor do mundo, o prisioneiro regressaria à caverna, ficaria desnorteado pela escuridão, contaria aos outros o que viu e tentaria libertá-los. Que lhe aconteceria nesse retorno? Os demais prisioneiros zombariam dele, não acreditariam em suas palavras e, se não conseguissem silenciá-lo com suas caçoadas, tentariam fazê-lo espancando-o e, se mesmo assim, ele teimasse em afirmar o que viu e os convidasse a sair da caverna, certamente acabariam por matá-lo. Mas, quem sabe, alguns poderiam ouvi-lo e, contra a vontade dos demais, também decidissem sair da caverna rumo à realidade.

O que é a caverna? O mundo em que vivemos. Que são as sombras das estatuetas? As coisas materiais e sensoriais que percebemos. Quem é o prisioneiro que se liberta e sai da caverna? O filósofo. O que é a luz exterior do sol? A luz da verdade. O que é o mundo exterior? O mundo das idéias verdadeiras ou da verdadeira realidade. Qual o instrumento que liberta o filósofo e com o qual ele deseja libertar os outros prisioneiros? A dialética. O que é a visão do mundo real iluminado? A Filosofia. Por que os prisioneiros zombam, espancam e matam o filósofo? Porque imaginam que o mundo sensível é o mundo real e o único verdadeiro."

(Extraído de: Marilena Chauí, Convite à Filosofia, Ed. Ática)

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