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Quem Sou Eu: Fabrício Siqueira

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Nascido na cidade de Bom Jesus do Itabapoana, no norte do estado do Rio de Janeiro. Biólogo, Astrônomo amador e autodidata em diversas áreas de conhecimento.

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3 de ago. de 2009

Cotas nas Universidades: Contra ou a Favor?


Todos os anos milhares de estudantes no Brasil passam por uma seleção que poderá definir o rumo de suas respectivas vidas: O vestibular! Um tipo de avaliação onde candidatos disputam determinados números de vagas para os cursos
de interesse de cada um. Um fato que chama a atenção, é que é principalmente nas instituições públicas de ensino superior onde essa competição costuma ser mais acirrada.

O sistema de cotas consiste em uma medida aderida por algumas universidades para que, de todas as vagas disponíveis, um percentual seja colocado à parte, para alunos provenientes de escolas da rede pública de ensino (onde teoricamente se encontram estudantes de baixo poder aquisitivo) para alunos negros, e uma pequena porcentagem para alunos deficientes ou de etnia indígena.Pessoalmente não concordo com o sistema de cotas e irei expor minhas razões enfatizando as cotas para alunos afro-brasileiros e estudantes que concluíram o ensino Fundamental básico e ensino médio em Escolas da rede pública, pois ambos os grupos cobririam 40% do total de vagas em uma universidade pública.

Primeiramente abordemos a questão da cota para os alunos de rede pública. Qual seria a diferença entre um candidato que prestará à seleção fora do sistemas de cotas e outro que durante a vida estudou em escola municipal, estadual ou federal? Talvez a nível de intelecto não haja diferença significativa, porém é provável (mas não necessáriamente certo) que o primeiro se encontre em uma posição econômica superior em relação ao segundo. Muitos justificariam dizendo vulgarmente que ricos tem condições de pagar Universidades particulares, pobres não. Porém o dinheiro não é uma justificativa para que seja concedido um certo privilégio aos menos favorecidos em uma seleção tão importante como o vestibular. Isso porque independente da situação financeira, um estudante de origem pobre pode possuir tantas chances de ser aprovado para ingressar na Universidade pública quanto aqueles que estudaram em luxuosas escolas particulares ( e realmente muitos possuem e em alguns casos até mesmo mais chances, sendo óbvio que a recíproca também pode ser verdadeira). Portanto, quais razões para que um grupo não pudesse disputar com o outro o mesmo número TOTAL de vagas?

Um outro problema, estaria mais relacionado com a precariedade na qual se encontram muitas instituições públicas em relação a recursos, estruturas, e condições de ensino. É dever do governo investir na educação pública de um país, dando melhores condições para que as crianças e adolescentes recebam uma educação dígna e de qualidade. Este problema não deve ser "empurrado" para as instituições de nível superior, e isso representa mais um ponto contra ao sistema de cotas, pois embora muitos estudantes de classe baixa que ingressam na Universidade possam ser bem sucedidos, haverá muitos outros que se encontrarão perdidos por não terem obtido uma boa base educacional nos anos anteriores tendo o seu aproveitamento afetado, podendo até mesmo, abandonar o curso que foi escolhido (e na verdade, não são poucos os que abandonam). Então qual das duas opcões seria o melhor investimento: O melhoramento da educação básica e média nas escolas públicas (que consequentemente renderiam bons resultados quando os alunos entrarem nas universidades) ou a criação de sistemas de cotas ?

A situação envolvendo as cotas para alunos de etnia afro-brasileira ao meu ver seria ainda mais absurda. Simplesmente por causa de apenas uma pergunta: Por que uma pessoa negra deveria ter um "tratamento" diferenciado das outras em relação ao número de vagas nas Universidades? Penso que negros e brancos possuem as mesmas qualidades para competirem com o objetivo de conquistar vagas nos cursos de uma Universidade. E um projeto de lei que estabelece cotas para estudantes negros nas instituições, na minha opinião chega a ser um desrespeito aos próprios estudantes pertencentes a tal etnia.

Eu ainda faria uma outra colocação outro, mas esta já seria mais de cunho pessoal. Vestibular é uma escolha séria, que exige responsabilidade. Deveríamos escolher sempre fazer algo por que gostamos ou temos interesse em seguir tal ramo e não como se fosse uma obrigação ou imposição por parte dos pais (por isso acho importante os pais incentivarem os filhos a fazerem as suas próprias escolhas e não escolher por eles). E se um aluno quiser mesmo passar no vestibular, com esforço e dedicação ele poderá conseguir e não será necessário o sistema de cotas para dar o "empurrãozinho". Ainda não sabemos quais seriam os possíveis efeitos da política que pretende abolir o vestibular como forma de ingressar no ensino superior, mas esperamos que seja uma iniciativa que traga bons resultados que de alguma forma contribuam para formar cada vez mais profissionais de alta qualificação.

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2 comentários:

  1. Oie, Fabrício.
    Que bom que vc num ficou chateado, e eu sei sim q vc num se colocou totalmente de nenhum lado.Como disse no meu coment, analisei do meu ponto de vista o tema.Quanto a essa história de cotas...também sou contra.Se as pessoas de escolas públicas e negras e outras menos "favorecidas", precisam de vagas, ou melhor, de um acesso diferencado,pq não resolver o problema destes?Ao criar as cotas, o governo "empurrou" um problema que existe, mas que faz questão de não lembrar:A crise do ensino público brasileiro.Se a educação básica da rede pública fosse de melhor qualidade e tivesse um maior investimento do governo, logicamente essa minoria não estaria tão afastadas da lista de classificação em vestibulares,concorda?Tive que estudar para caramba para fazer as provas do Cefet-rj e da Faetec,pois o conteúdo programático das provas era muito diferente da realidade das escolas municipais do Rio(numa da qual , eu estudava).Consegui passar tanto para o Cefet quanto para Faetec e infelizmente, quando fiz a prova de segunda fase do Cefet-Rj mais 80% dos alunos que conseguiram se classificar eram de escolas particulares.Se é dificil entrar para uma escola federal técnica...imagina uma faculdade!
    Porém , não é motivo para criar cotas...e sim motivos para investimentos na educação e esforço dos estudantes que em algumas vezes pensam que basta decorar que passa.
    Super beijão e num deixa de passar no meu blog, q sempre vou passar por aqui.Até a próxima!
    =)

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  2. Olá Dai! =)

    As suas opiniões, como a dos demais leitores sempre são de ótima contribuição para o blog. E sempre que puder estarei passando pelo seu blog tb !=) Beijos

    [ ]´s

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